Enquanto a crise política dominava os holofotes da mídia, havia um grupo de trabalho dentro do Ministério da Saúde discutindo a controversa proposta de criação dos chamados planos de saúde populares. Esse grupo estava lá junto ao ministro Ricardo Barros, atuando sem muito alarde, só esperando toda a poeira da crise baixar.
Na última semana, esse grupo de trabalho concluiu o seu relatório dando o aval para a implantação dos tais planos mais acessíveis. Esse projeto é uma das bandeiras defendidas pelo ministro Ricardo Barros e pode começar a ser comercializado ainda esse ano, dependendo apenas de análise Agência Nacional de Saúde – ANS sobre a flexibilização da regulamentação do setor.
Após a divulgação do relatório, a ANS emitiu nota informando que muitas das propostas que ali constam já são praticadas pelo mercado, liberando as empresas do setor a formatarem produtos para atender a esse projeto.
Essa medida do ministro é mais uma forma de se forçar o encolhimento do SUS em benefício do lucro dos grandes empresários do setor. Os tais planos populares têm uma série de restrições a internamentos e procedimentos mais complexos e, forçadamente, esses atendimentos – que são justamente os mais caros – serão devolvidos ao SUS, que a partir de 2018 sofrerá com o subfinanciamento causado pela emenda que congelou o investimento público por 20 anos.
Para entender um pouco do interesse que os planos de saúde têm por trás desse plano de saúde popular, recomendamos a leitura do artigo publicado na Folha de São Paulo pelo professor de Medicina da USP e diretor da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco – Mário Scheffer. Leia AQUI.
Saiba mais sobre a liberação dos planos populares clique AQUI.
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